Acontece nessa terça, 28, às 19 horas no Teatro José de Alencar, a abertura do 11º Festival Nacional de Dança de Fortaleza (Fendafor), com apresentação musical de Edvando Menestrel e Maracatu Nação Fortaleza, de Calé Alencar. O evento, que ocorrerá até o dia 3 de julho, conta esse ano com uma versão itinerante, de 5 a 9 de julho no Cariri, e oferece cursos gratuitos aos bailarinos inscritos.
O festival é uma iniciativa das professoras e bailarinas Janne Ruth e Goreth Quintela, que trouxeram a ideia para a cidade a partir de suas experiências no Festival Nacional de Dança do Recife, de 1996. Com o intuito de popularizar a dança no estado do Ceará, o Fendafor apresenta espetáculos que vão do balé clássico ao contemporâneo, valorizando artistas locais e difundindo o imaginário da cultura popular.
Em entrevista ao Blog do Labjor, a organizadora do Evento Janne Ruth afirma que durante toda a semana os envolvidos dormem, respiram e acordam com a dança. Esse ano serão 314 apresentações, com um total de 2.180 bailarinos. “É o maior festival de Fortaleza, premiado pelo Conselho Brasileiro de Dança como o que mais oferece oportunidades aos artistas”. A professora declara que o Fendafor tem um cunho social muito forte: “É palco para bailarinos mundialmente reconhecidos, mas também contempla grupos menores, como o de Maracanaú, os de Escolas Públicas etc. Grupos de todo Ceará tem o direito de inscrever-se para apresentações e cursos gratuitamente”.
Preocupado em trazer o que de melhor há no Brasil e no mundo, desde sua edição em 2006, o festival conta com apresentações internacionais. Janne nos fala que o importante é levar ao público o que ele deseja assistir, com categorias que englobem de dança de rua à dança do ventre. “É uma troca, fazemos uma ampla pesquisa para mostrar o que todos querem ver”. Segundo a bailarina, o grande diferencial dessa edição é a mostra itinerante no Cariri, com atrações internacionais no Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha.
As apresentações mais esperadas são: Márcia Jaqueline (1ª bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro), o cubano Rolando Sarabia (Cuban Classical Ballet Miami, conquistou na Rússia o título de melhor bailarino do mundo em 2010), o equatoriano Santiago Gil (Ballet Nacional de Quito) e Analay Saiz (Cuba). Do Brasil, Priscilla Yokoi (um dos maiores nomes da dança mundial) e Cia. Sopro de São Paulo, que traz aos palcos de Fortaleza 11 integrantes de um balé premiado em todo país.
Texto de Érika Zaituni