
Muitos ainda desconhecem a importância em respeitar a preferência do pedestre nas travessias. Carros parecem fazer das ruas autódromos a céu aberto, em que a prioridade é dos automóveis. Ignorar quem esteja entre eles, tem virado atitude rotineira.
As leis que regem o trânsito da Universidade de Fortaleza (Unifor) são as mesmas do código de trânsito brasileiro. Algumas normas internas foram criadas para complementar a circulação de carros e pedestres no campus, como o limite de velocidade de 20km/h e o respeito aos deficientes e pedestres. No entanto, essas normas nem sempre são atendidas, sendo feitas as notificações necessárias. “A prioridade é o pedestre. Pisou na faixa, o motorista é obrigado a parar. Seguimos o código nacional de trânsito”, reafirma Roberto Augusto Caracas, gerente de segurança da Unifor.
Muitos alunos se surpreendem quando os motoristas param para eles atravessarem. “Normalmente você agradece, porque não é comum encontrar pessoas que tenham essa atitude”, afirma Daniela Aguiar, aluna do curso de Psicologia que também é motorista. Ela ainda conta que, em boa parte da nossa cidade, você é induzido a não dar preferência aos pedestres, pois, com a pressa de quem vem atrás, se você parar, todos ficam buzinando, pedindo que você passe.
Já para Douglas Nogueira, aluno do mestrado em informática, o ato de não esperar que a pessoa atravesse a faixa faz parte da nossa cultura. “Não só a pressa, mas é também a nossa cultura que nos faz agir assim. Se lá fora é frequente esse tipo de atitude, por que não repetí-la aqui dentro da universidade?”
É importante lembrar que não são apenas as pessoas que estão ao volante as responsáveis pela segurança no trânsito, mas também os pedestres. Eles devem obedecer às regras, como esperar na calçada o momento certo para atravessar a rua e utilizar passarelas em locais sem sinalização. Fazer contato visual com o motorista antes de atravessar, também é importante. “Se está previsto na lei, o mínimo que temos a fazer é dar prioridade ao pedestre. O que acontece é que, alguns locais apresentam certos obstáculos. Não conseguimos enxergar um pedestre, por exemplo, rodeado de árvores, plantas ou carros altos. Eu sinto dificuldade de parar o carro, às vezes, porque não vejo o pedestre, e isso faz da travessia um perigo tanto para o motorista quanto para quem está tentando passar.” enfatiza Cícero Nogueira, professor de informática da Unifor.
Ter um trânsito mais seguro significa ter motoristas e pedestres, juntos, colaborando para tal. Portanto, não se trata apenas de respeitar a faixa de pedestres, mas de respeitar o pedestre na faixa, afinal, somos cidadãos e devemos exercer o nosso papel.
Texto: Letícia Lima
(lehtici@hotmail.com)
Orientação: Profa. Adriana Santiago
Pior são aqueles que a atravessam a Washington Soares para não atravessar a passarela! Então faça sua parte e ajude para um trânsito melhor!
Muito oportuna a matéria, Letícia. Eu, por exemplo, enfrento, todos os dias, a aventura de atravessar a rua quanto saio da Unifor, pela manhã, para o Fórum Clóvis Beviláqua, onde trabalho. Naquelas faixas de pedestre, localizada nas imediações do NAMI, raríssimos são os motoristas que param. Às vezes, a espera é tanta, que o número de pessoas aguardando é muito grande. Mesmo assim, eles não param. O jeito é esperar que o sinal da Washington Soares feche.
Cléria Saldanha