Uma das brincadeiras mais singelas durante a infância é adivinhar qual objeto está formado em nuvens. Na maioria das vezes há divergências quanto ao que representa o objeto formado:
– Olha um elefante! – Criança 1
– Claro que não, isso é um castelo!! – Criança 2
Nós percebemos que, assim como para diversos campos da nossa vida (música, roupa, comida), cada pessoa tem um olhar, uma opinião e uma interpretação própria de acordo com sua formação intelectual, criatividade e tempo de vida. Sabe a expressão “tudo é relativo, depende do seu referencial”? É o que já pensava Einstein quando criou as teorias da relatividade por volta de 1905.
Que tal voltar à infância e brincar de adivinhar o desenho formado? Agora não mais em nuvens, mas sim em um tipo de resina que brota de árvores como o pinheiro. Para alguns vai parecer saboroso e doce como o mel e para outros pode não ser nada disso.
Eu vejo aquilo que me interessa, e você o que vê?
Esse ensaio foi realizado pelo ponto de vista de Damião Soares, aluno da disciplina de Fotografia I do prof. Júlio Alcântara da Universidade de Fortaleza.
Texto: Thalyta Martins
(thalytamartins@edu.unifor.br)
Orientação: Prof. Júlio Alcântara
É isso mesmo, Damião. A nossa concepção das coisas depende, e muito, de nossas experiências de vida, de nossa formação intelectual, familiar e moral, e, sobretudo, de nosso modo de ver o mundo. Em síntese, de nosso jeito de olhar as coisas, de percebê-las.