Modernidade, crença e tradição. A Tailândia é sinônimo de encanto e, adentrar seu universo, significa mergulhar num espaço inimaginável, marcado por belezas de todas as formas e cores. A terra do sorriso, como é mundialmente conhecida, faz jus ao rótulo: para os tailandeses, manter a serenidade diante das adversidades é regra básica, bem como dar risada dos próprios problemas. Tanta leveza de espírito está diretamente arraigada nos preceitos budistas, que pregam, acima de tudo, a serenidade e o amor entre os homens. E é exatamente desta forma que se vive: em perpétuo estado de tranquilidade.
Bangkok, a capital e centro financeiro do país, é um mix de exotismo, construções milenares e hedonismo. Seu nome estampa o Guiness Book como o “o maior nome de cidade do mundo” e é composto de mais de 150 letras: “A cidade dos anjos, a grande cidade, a cidade que é joia eterna, a cidade inabalável do deus Indra, a grande capital do mundo ornada com nove preciosas gemas, a cidade feliz, Palácio Real enorme em abundância que se assemelha à morada celestial onde reina o deus reencarnado, uma cidade dada por Indra e construída por Vishnukam”.
Uma das grandes curiosidades da Tailândia é o trânsito caótico. Atravessar uma avenida onde a faixa de pedestre é meramente ilustrativa pode significar momentos de tensão e exige coragem, mas os tailandeses parecem lidar bem com isso. Um simpático motorista de Tuk-tuk (espécie de triciclo que transporta até três passageiros) que me conduzia até o Ratchadamnoen Boxing Stadium para ver uma luta de Muay Thai, mostrou logo de cara esse trajeto eletrizante. A sensação de quase colidir em tudo e não abalroar em nada é bastante comum para eles, incluindo a escassez de sinalização (semáforos). Acreditem: mesmo com toda a falta de organização e excesso de veículos transitando, incrivelmente o país tem a menor taxa de acidentes no mundo, o que lhes fazem acreditar que também são os melhores motoristas.
Experimentar a Tailândia é isso. É ir de coração aberto e entender todas as particularidades de um povo que festeja a vida como se fosse o último dia de suas vidas, expresso nas gargalhadas meio aos problemas cotidianos. É experimentar os diversos pratos exóticos e fazer cara feia logo na primeira garfada. É maravilhar-se com as paisagens naturais que, de tão perfeitas, chegam a ser insultante e, acima de tudo: deixar de lado o comportamento ocidental e vivenciar a cultura que fascina e transforma.
Texto: Cibele Juliana Farias
Muito bom o texto! Fotos então, sabe que sou fã não é Cibele?! 😉