NIC entrega doações para crianças do Lar Batista

 

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Fundadora e cuidadoras recebem funcionários do NIC. Foto: Andrew Menezes

Na tarde desta quarta-feira (23), a Central de Eventos realizou a entrega dos leites arrecadados durante as inscrições para o Núcleo Integrado de Comunicação (NIC). A doação foi feita ao Lar Batista, uma casa que acolhe crianças abandonadas ou que vivem em situações de risco, desde 2005. No Brasil, muitas crianças são excluídas do acesso aos seus direitos constitucionais básicos, mas existem pessoas que se voluntariam para realizar uma mudança real em suas vidas.

Todos os eventos realizados pela Central possuem um viés social ou ambiental, por isso a professora Alessandra Oliveira, coordenadora do NIC, sugeriu que fosse feita uma arrecadação, onde cada inscrito trouxesse uma lata ou um pacote de leite para que fosse doado ao Lar Batista – um ambiente que resguarda 12 crianças com uma rotina de momentos educativos e interação social. “É um lar bastante acolhedor que transmite a sensação de casa para as crianças, que convivem felizes, bem cuidadas e alimentadas”, explicou a assistente social Adriana Meireles.

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Foto: Andrew Menezes

 

A fundadora Adriana Brasileiro, no entanto, explica que encontrou dificuldades para inaugurar o Lar. “O princípio foi complicado, porque começar um abrigo para crianças vítimas de abusos e violências é muito diferente de um projeto onde há um atendimento e a criança volta para casa. Foi necessária, então, toda uma preparação e o engajamento de outras pessoas, que abraçaram a causa, divulgando-a”, relembrou. Depois de uma inauguração com o Conselho Tutelar – após os devidos registros nas defensorias públicas,no Juizado da Infância e no Conselho da Criança e do Adolescente – as crianças passaram a frequentar o lar. Com isso, a casa começou a ganhar forma, e tudo o que há nela é resultado de doações.

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Foto: Andrew Menezes

As crianças são encaminhadas pela justiça, sob guarda judicial, por isso a falta de placa do lado de fora. Os pais não têm contato com elas, a não ser por mandato judicial, quando as defensorias públicas determinam se é possível o retorno para a família ou se serão encaminhadas para adoção. Mesmo com tudo isso em ação, ainda não existe nenhum apoio governamental. A casa é mantida por doações e as cuidadoras são gratificadas, pois não existe suporte financeiro. “Faço papel de mãe. Nós somos cinco cuidadoras e cada uma tem um momentinho materno”, contou sorridente Eduarda Mesquita, funcionária do Lar Batista desde a fundação.

Texto: Cidney Sousa

 

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