[Ensaio] Baixa Velocidade

eduardo cunha (3)
Fotos: Eduardo Cunha

Com a intenção de demonstrar inúmeras cores, luzes e formas, o ensaio de hoje é do aluno Eduardo Cunha, do curso de Publicidade e Propaganda da UNIFOR. A ideia veio a partir da possibilidade de experimentar, ousando na produção de fotografias abstratas,  o modo baixa velocidade, feito por alteração na velocidade do obturador da câmera, gerando efeitos que não se preocupam com a definição e o foco da imagem, mas sim com a sensação de movimento causada pela função escolhida pelo fotógrafo.

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Velocidade do Obturador

A velocidade do obturador corresponde ao tempo em que a câmera mantém o diafragma aberto para a luz da cena penetrar através da lente e impressionar o filme das máquinas analógicas ou o sensor das digitais, produzindo a fotografia. Velocidades mais rápidas “congelam” a imagem de objetos ou pessoas em movimento: com o obturador a 1/2000s, um carro da Fórmula 1 em plena corrida sai nítido na foto, como se estivesse imóvel na pista. Para imprimir sensação de movimento, basta reduzir a velocidade e deixar os objetos “borrarem” a foto. Câmeras com ajuste manual da velocidade possibilitam a aplicação desses efeitos.

Um pouco mais de fotografia

Diafragma é o sistema que controla a abertura por onde entra a luz que vai impressionar o filme das câmeras analógicas, ou o sensor da digitais, para produzir a imagem. Quanto maior a abertura, mais luz entra, e vice-versa. Daí, as lentes dotadas de grandes aberturas serem denominadas “lentes luminosas”. Essas lentes favorecem quem se dedica a fotos em ambientes fechados, nem sempre claros o suficiente: elas permitem entrar o máximo possível da pouca luz disponível, evitando fotos escuras. É importante saber que quanto maior a abertura, menor a profundidade de campo.

Texto: Marina Duarte e Priscila Baima