
O 23º Cine Ceará, que acontece desde o dia 7 de setembro, oferece aos participantes seminários, oficinas, mostras, homenagens, premiações e debates a respeito do atual cenário do cinema e da televisão no Brasil, principalmente, no Ceará. Nesta terça-feira (10), a Universidade de Fortaleza sediou o seminário “ A Lei 12.485 e o Mercado Audiovisual Brasileiro”, no Teatro Celina Queiroz, iniciado às 14 horas.
O seminário contou com a presença dos palestrantes Mario Diamante, diretor de projetos audiovisuais do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Paulo Mendonça, diretor do Canal Brasil e Débora Ivanov (Gullane Filmes). O seminário, mediado pelo professor e cineasta, Glauber Filho, debateu a produção e coprodução e as oportunidades de negócio com canais abertos e de acesso condicionado.
O debate abordou os impasses e as implicações acerca da Lei 12.485, sancionada em setembro de 2011. A Lei, criada com a promessa de mudar o cenário audiovisual brasileiro, decreta que os canais que demandam uma maioria de filmes, séries, animação e documentários em sua programação (canais de espaço qualificado) devem exibir, obrigatoriamente, 3 horas e 30 minutos semanais de conteúdo audiovisual brasileiro, sendo, no mínimo, metade produzida por produtoras brasileiras independentes.
Entre as regulamentações da lei, está que 30% dos recursos previstos devem ser destinados para produções do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo Mario Diamante, as regulamentações são essenciais, porém mais ainda é motivo para o lucro dos canais beneficiados com a nova lei. “A regulamentação é maravilhosa. Entretanto tem data de validade. Isso torna fundamental a sustentabilidade dos canais da Tv Brasileira”, levantou.
A 23º edição do Cine Ceará deste ano tem como sedes oficiais o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a Caixa Cultural Fortaleza, havendo também palestras e exibições no Hotel Seara e na Universidade de Fortaleza (Unifor). O evento vai até o dia 14 de setembro com entrada é franca.
Texto: Beatriz Santos