23º Cine Ceará discute atual cenário audiovisual brasileiro

Foto: Eduardo Cunha
Foto: Eduardo Cunha

23º Cine Ceará, que acontece desde o dia 7 de setembro, oferece aos participantes seminários, oficinas, mostras, homenagens, premiações e debates a respeito do atual cenário do cinema e da televisão no Brasil, principalmente, no Ceará.  Nesta terça-feira (10), a Universidade de Fortaleza sediou o seminário “ A Lei 12.485 e o Mercado Audiovisual Brasileiro”, no Teatro Celina Queiroz, iniciado às 14 horas.

O seminário contou com a presença dos palestrantes Mario Diamante, diretor de projetos audiovisuais do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Paulo Mendonça, diretor do Canal Brasil e Débora Ivanov (Gullane Filmes). O seminário, mediado pelo professor e cineasta, Glauber Filho, debateu a produção e coprodução e as oportunidades de negócio com canais abertos e de acesso condicionado.

O debate abordou os impasses e as implicações acerca da Lei 12.485, sancionada em setembro de 2011. A Lei, criada com a promessa de mudar o cenário audiovisual brasileiro, decreta que os canais que demandam uma maioria de filmes, séries, animação e documentários em sua programação (canais de espaço qualificado) devem exibir, obrigatoriamente, 3 horas e 30 minutos semanais de conteúdo audiovisual brasileiro, sendo, no mínimo, metade produzida por produtoras brasileiras independentes.

Mário Diamante. Foto: Eduardo Cunha
Mário Diamante. Foto: Eduardo Cunha

Entre as regulamentações da lei, está que 30% dos recursos previstos devem ser destinados para produções do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo Mario Diamante, as regulamentações são essenciais, porém mais ainda é motivo para o lucro dos canais beneficiados com a nova lei. “A regulamentação é maravilhosa. Entretanto tem data de validade. Isso torna fundamental a sustentabilidade dos canais da Tv Brasileira”, levantou.

A 23º edição do Cine Ceará deste ano tem como sedes oficiais o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a Caixa Cultural Fortaleza, havendo também palestras e exibições no Hotel Seara e na Universidade de Fortaleza (Unifor). O evento vai até o dia 14 de setembro com entrada é franca.

Texto: Beatriz Santos

Cine Ceará chega à 23ª edição

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Foto: Divulgação

Ocorre de 7 a 14 deste mês a 23ª edição do Festival Ibero-Americano de Cinema, ou Cine Ceará. A edição deste ano tem como sedes oficiais o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a Caixa Cultural Fortaleza, ocorrendo também palestras e exibições ocasionais no Hotel Seara e na Universidade de Fortaleza (Unifor).

Com o tema A Nova Geração do Cinema Português, o festival brinda o público com a possibilidade de contato com uma cinematografia de reconhecimento internacional, além da oportunidade de estreitamento dos laços culturais entre os países latino-americanos e a Península Ibérica.

O festival conta com cinco mostras no total, exibidas alternadamente nas sedes de acordo com a programação oficial: Portugal Contemporâneo, Homenagem a Maria de Medeiros, Olhar do Ceará, Mostra Competitiva Brasileira de Curta Metragem e Mostra Competitiva Iberoamericana de Longa Metragem.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um dos realizadores participantes da mostra Olhar do Ceará é o aluno da Unifor Gabriel Mota, autor do curta Doutor Religare Contra o Universo. A exibição será amanhã, dia 11 de setembro, às 16h, na Caixa Cultural.

Texto: Lia Martins

Copa das Confederações altera datas para o Cine Ceará

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As datas da 23ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, foram alteradas devido à Copa das Confederações.  Em vez de acontecer em junho, será de 7 a 14 de setembro. As inscrições já foram abertas e vão até dia 7 de junho. O evento é uma promoção da Universidade Federal do Ceará (UFC) por meio da Casa Amarela Eusébio Oliveira.

Além da Mostra Competitiva de curtas e longas-metragens, também acontecerão outros eventos paralelos sobre cinema, como encontros de realizadores e produtores, palestras, seminários internacionais e lançamentos de filmes.

Getúlio de Abreu, estudante do 3º semestre Audiovisual da Unifor, não vai se inscrever nessa edição, mas acha que o evento é muito importante para a divulgação de trabalhos de pessoas que ainda estão com pouca experiência. “Já inscrevi um curta-metragem em vários festivais e só foi aceito em um da Colômbia. Mas é ótimo pelo espaço que conseguimos”. Samuel Carneiro, que está no 6º semestre, diz que “é muito importante divulgar os produtos independentes, tanto de estudantes, como de professores e entusiastas.”

Mostra Competitiva

Para os longas-metragens, serão aceitas produções ibero-americanas, ou seja, da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha. A duração deve ser acima de 70 minutos, de qualquer gênero e formato, contanto que possam ser apresentadas digitalmente no dia de exibição. Já os curtas-metragens só podem durar até 20 minutos e terem sido produzidos a partir de 2012 por brasileiros ou radicados no país há mais de três anos e que não tenham participado de outra seleção do evento.

As inscrições são gratuitas e a ficha está disponível no site oficial. O participante deve preenchê-la, anexá-la ao e-mail indicado para a sua categoria e enviar uma cópia do filme em um DVD com o material de divulgação. A ficha de inscrição precisa ser impressa, preenchida, assinada e enviada para o e-mail para o endereço indicado.

Todas as obras que forem selecionadas e exibidas concorrem ao Troféu Mucuripe em várias categorias. O vencedor de Melhor Longa-metragem leva o prêmio de 10 mil dólares (aproximadamente R$23 mil). O júri, formado por estudantes universitários de Fortaleza, também irá premiar os curtas da mostra Olhar do Ceará, além de menções honrosas e prêmios especiais.

Serviço

Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema

Data: 7 a 14 de setembro
Local: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Inscrições até o dia 7 de junho

Texto: Thaís Praciano

[Claquete] Filme sobre Violeta Parra estreia no Cine Ceará

Na última sexta-feira (2), o 22º Cine Ceará teve em sua estreia uma coprodução entre Brasil e Chile: Violeta foi para o céu. Como assinalou uma das produtoras do filme em discurso anterior a exibição, nada mais oportuno em relação ao tema do festival: Lutas Sociais na América Latina.

O filme biográfico sobre Violeta Parra, cantora, compositora e artista plástica chilena, conta a história de uma mulher que, sobretudo, foi uma lutadora autêntica. Alguém que circulou entre intelectuais, milionários, revolucionários, e artistas de todas as esferas sociais, sem perder a identidade de suas origens.

Baseado no livro homônimo de seu filho Ángel Parra, o filme de André Wood (Machuca) tem uma montagem não cronológica, alternando cenas de uma entrevista, da infância desamparada entre os irmãos, e suas andanças pelo mundo. E Violeta andou; com a marcha de seus pés cansados, foi por “Praias e desertos, montanhas e planícies”, como diz uma de suas composições, Gracias a la Vida. A atriz Francisca Gavilán teve um ano para se preparar para o filme, durante o qual estudou violão – o principal instrumento de Violeta – trabalhou a voz e pesquisou sobre a figura da cantora. O resultado é uma semelhança indiscutível, que comove principalmente aqueles que já conheciam a artista. Segundo o site do jornal El Nuevo Herald, Ángel Parra emocionou-se ao ver a atriz encarnar o papel.

A quem não conhecia Violeta, fica a imagem de uma mulher que amou acima de tudo. Não apenas em seus romances, mas seus filhos, suas origens, seu sexo e sua cultura. Respeitou os objetos de seu amor, através do respeito próprio, dando-se ao direito de, mesmo sendo mulher latina, numa sociedade bem mais abertamente machista que a de hoje, exercer arte e luta em seu direito.

Veja o trailer aqui:

Saiba mais sobre o filme no portal do Cine Ceará

Texto: Manoela Cavalcanti
Orientação: Profa. Janayde Gonçalves