
Fortaleza decidirá, no segundo turno, entre o candidato apoiado pela atual prefeita Luizianne Lins e o apoiado pelo governador Cid Gomes, quem será seu futuro governante. Elmano de Freitas, do PT, ficou em primeiro lugar com 25,44% dos votos (318.262), enquanto Roberto Cláudio, PSB, ficou em segundo, com 23,32% (291.740). Mas a grande surpresa foi o candidato Heitor Férrer, do PDT, que conquistou um número de votos muito acima do que previam as pesquisas, perdendo apenas por uma diferença de aproximadamente 30 mil votos, ficando em terceiro lugar. Moroni Torgan, do partido Democratas (DEM), que liderava as pesquisas em quase toda a campanha, ficou como quarto colocado com 13,75%, seguido de Renato Roseno, do Psol, com 11,84%.
Conversamos com alguns eleitores sobre o resultado do primeiro turno das eleições, alguns afirmaram não que o resultado da votação foi previsível. “Era o que a maioria das pessoas esperava. Você vê a cidade do jeito que já está e imagina que não vai ter evolução nenhuma”, disse Lucas Memória, estudante de Jornalismo.
Andrea Lima e Élder Xavier, ambos funcionários de uma instituição de ensino, contam que, por não acompanharem as campanhas dos candidatos, nem seus debates televisionados, votaram em Elmano por ele ser apoiado pelo ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Já para Aline Porto, estudante de Direito, “vence quem tem mais dinheiro. As pessoas não procuram saber a história dos concorrentes, se importando apenas com aqueles que mais investem na sua candidatura”. Ela acredita que seria importante uma maior dedicação à camada mais humilde da população, principalmente aqueles que recebem o Bolsa Família, porque eles acham que, se ocorrer a mudança do gestor, vão deixar de receber o benefício.
“A pesquisa influencia bastante na opinião dos eleitores, o que faz com que muitos deles mudem de lado no último momento. Ou seja, as regras, tanto de pesquisa, como de financiamento de campanha deveriam ser revistas”, argumenta o estudante de Engenharia Civil, Gilberto Sales. “A sociedade não está preparada, nem disposta a mudar”, lamenta Guilherme Lopes, estudante de Letras da Universidade Estadual do Ceará.
Para outros eleitores ouvidos, o que parece é que as pessoas têm esperança que o vencedor surpreenda e faça uma boa gestão com mudanças que beneficiem a todos.
Texto: Lidiane Almeida e Marina Freire
Orientação: Prof. Alejandro Sepulveda