Espaço Cultural reúne a completude da arte brasileira

Foto: Marina Duarte
Foto: Marina Duarte

A Mostra Trajetórias, em exposição no Espaço Cultural Unifor até o dia 8 de dezembro, apresenta uma riqueza de conteúdo no que tange à arte brasileira. O Espaço contém exatas 271 obras dos mais variados artistas do século XX, como as de Candido Portinari, dentre elas a sua última obra produzida Índia Carajá (1962) e as dos artistas cearenses Chico da Silva e Heloísa Juaçaba, artista que esteve presente na inauguração da exposição.

Logo de início, o visitante tem a possibilidade de adentrar no universo da arte sem se fixar numa ordem temporal, fazendo com que a interação entre os artistas seja vista de forma livre, ou seja, mostra que as temáticas e as técnicas se interligam uma com outra e que, a partir disso, torna-se possível observar a influência que sustenta o tema abordado em cada sessão da exposição.

Seções são destaque na mostra

Ciclistas, 1989. Iberê Camargo
Ciclistas, 1989. Iberê Camargo

Uma das seções mais chamativas é a Fantasmática, que conta com as obras de Iberê Camargo, Oswado Goeldi, Flávio de Carvalho e Tarsila do Amaral. Como o nome já diz, essa seção choca o visitante por causa das cores escuras usadas nas telas, dando a impressão de mistério e obscuridade. Além disso, nessa parte do acervo, somam-se expostas esculturas e instalações, como as do artista plástico Tunga.

Abraham Palatnik
Abraham Palatnik

Outra seção que desperta a curiosidade é a do Neoconcretismo. Artistas como Abraham Palatnik e Sérvulo Esmeraldo representam o som de duas formas: pela visão e pela audição.

Nas obras de Abraham, o telespectador pode observar, na tela, imagens que representem a movimentação das ondas de som. Já na obra de Esmeraldo, pode-se ouvir o que a tela representa: o próprio som. Essa interação se torna curiosa, pois, por as obras estarem uma do lado da outra, o visitante pode ter, ao mesmo tempo, a percepção que os dois artistas quiseram passar.

Pode-se destacar, ainda, a seção do acervo Geometria Líquida. Esta sala contém um ambiente virtual que retrata a liquidez em seus diversos aspectos, como nas obras de Adriana Varejão. O trabalho da artista, desde o início, vem marcado pela presença de dois elementos recorrentes: o azulejo e a carne.

Mostra promove incentivo à arte

Foto: Thiago Gadelha
Foto: Thiago Gadelha

A mostra, além de conter mais de 250 obras em exposição aberta ao público, promove o incentivo à cultura. As escolas públicas da cidade de Fortaleza têm a oportunidade de conhecer a Trajetórias gratuitamente.

Com o intuito de inserir os alunos e fazer com que eles conheçam um pouco sobre a arte do seu país, o Espaço Cultural estimula a visitação. “Nós ligamos para as escolas públicas convidando os alunos e depois mandamos um ônibus da unifor pra pegar essas crianças, e elas vêm de graça. Nós servimos refrigerantes, e isso é um processo que estimula muito. Existe um estímulo que faz com que as pessoas de fora venham pra cá, que conheçam o acervo, tanto dessa exposição, como de todas as outras”, exclama Pamella Caula, mediadora do acervo e estudante do curso de Publicidade e Propaganda.

Além disso, a divulgação da exposição é feita de uma forma simples, mas eficiente, como as propagandas de TV e a panfletagem. “Existem as propagandas, no jornal, na tv, isso está na mídia. Além disso, existe, entre nós, um sistema de panfletagem. Quando as pessoas estão entrando na Unifor, a gente vai entregando os panfletos. Como experiência própria, eu já coloquei muita gente dentro do espaço com esse serviço. É uma forma de publicidade muito eficaz, uma abordagem direta”, acrescenta Pamella.

Curadoria

Foto: Débora Queirós
Foto: Débora Queirós

Um aspecto da Mostra Trajetórias que merece bastante destaque é a opção da curadoria por apresentar uma exposição dividida não de maneira tradicional, cronológica, mas com base em núcleos temáticos, tais como: Modernismo – com obras pautadas pela ruptura com a arte acadêmica e seus modelos europeizados; A Origem – repleta de obras ilustrativas do sincretismo cultural, religioso e étnico presente na construção da nacionalidade brasileira; Fantasmática – remetendo ao movimento das noitadas, mistérios das dançarinas e mulatas; e Concretismo – que prima pela interação da obra de arte com o ambiente e o expectador, como no caso das telas líricas com espelhos e madeira pintada de Ubi Bava, que a cada nova contemplação se reinventam com um novo reflexo.

Foto: Débora Queirós
Foto: Débora Queirós

Trata-se de uma opção inteligente e funcional por parte da curadoria, possibilitando fugir às dificuldades de classificação trazidas pela arte contemporânea e ao mesmo tempo tornando o trânsito do visitante pelas seções mais fluido, natural, devido à cuidadosa disposição das obras, que estabelece uma delicada transição entre os núcleos temáticos, evitando solavancos e, portanto, possibilitando uma fruição mais completa por parte do visitante.

Foto: Marina Duarte
Foto: Marina Duarte

Esse fator, além da riqueza e diversidade do acervo (que conta com esculturas, fotografias, esboços, instalações e até peças de design), torna esta exposição a oportunidade ideal para adquirir ou ampliar os conhecimentos sobre a arte brasileira e suas interrelações com o cenário histórico e cultural do Brasil.

Por fim, o acervo faz com que o público adquira familiaridade com a obra de artistas consagrados como Cândido Portinari, Victor Brecheret e Alfredo Volpi, ao lado de nomes contemporâneos como Vik Muniz, Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e os irmãos Campana, fundamentais na construção e representação de nossa identidade contemporânea.

Texto: Lia Martins e Priscila Baima

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Trupe de palhaços colore o Campus

Trupe do Labgraça em ação / Foto:Thalyta Martins

Quem disse que a Universidade tem que ser um lugar sisudo? Para mostrar que pode ter graça no mundo acadêmico, estudantes de Psicologia, Audiovisual e Comunicação Social saíram pelo Campus da Unifor fantasiados de palhaços, fazendo graça com quem aparecesse pela frente. A intervenção aconteceu na tarde desta sexta-feira, 21, e foi organizada pelo professor Márcio Acselrad, que coordena o Laboratório de Estudos do Humor (Labgraça).

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Contabilidade: um balanço da história

 

Foto: Unifor.br

Prossegue até 18 de setembro, no Espaço Cultural Unifor, a exposição “Contabilidade: um balanço da história”. Esta tem como objetivo mostrar a história da contabilidade, sua evolução através de objetos e recortes de acontecimentos que marcaram a área contábil no Brasil, além de promover uma maior visibilidade da profissão.

O evento, que teve início dia 4 de agosto, é uma exposiçao intinerante e é uma parceria do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (ABCC), e pretende ampliar o acesso ao Museu Brasileiro de Contabilidade, instalado desde o ano de 1996 no Edifício Sede do CFC, em Brasília.

SERVIÇO

Abertura: 4 de agosto de 2011

Visitação: 5 de agosto a 18 de setembro de 2011

Aberta ao público de terça a sexta, das 8 às 20 horas, e aos sábados e domingos, das 10 às 18 horas, no Espaço Cultural Unifor Anexo

Entrada gratuita | Estacionamento no local

Agendamento de visitas guiadas para grupos de visitantes: (85) 3477-3319.

Fonte: http://www.unifor.br

Texto de Luiz Carlos Bomfim

Exposições encantam visitantes e oferecem oportunidade para alunos

Fotos: Thalyta Martins

Uma exposição rica e cheia de cultura. É assim que os visitantes definem a mostra “Tesouros e Simbolismos da Colômbia Pré-Hispânica” presenteno Espaço Cultural da UNIFOR. Adornos e objetos de ouro, cobre e cerâmica revelam a cultura, os costumes e as crenças de índios que acreditavam que natureza, homem e animais eram um todo vivo.

O Ceará é o primeiro Estado a receber as 225 peças que pertencem ao Museu do Ouro da Colômbia, consideradas patrimônio nacional. Muitas destas peças, segundo arqueólogos, foram encontradas em tumbas de xamãs, os líderes espirituais. O xamã-ave buscava a cura das doenças e sabedoria. O homem-morcego tinha a capacidade de ver o mundo a partir de outra perspectiva. Na transformação em jaguar, acreditava-se que o xamã adquiria as habilidades daquele animal, como a rapidez, bravura e até mesmo a visão noturna.

Para estas sociedades, o ouro, tão facilmente encontrado nos rios, era valioso porque brilhava como o Sol; as plantas eram como alimento dos deuses e, além do poder de cura, elas tinham o poder de mudar-lhes a identidade, transformando-os em animal durante os rituais.

 

Alunos visitam exposição de Otto Cavalcanti

O Espaço Cultural UNIFOR Anexo traz obras de Otto Cavalcanti, artista paraibano que muitas vezes encontra na alegria brasileira as inspirações para as cores em suas telas. Quando jovem, Otto conheceu muitos artistas estrangeiros e sentiu-se motivado a buscar o apoio e reconhecimento da arte no exterior. Barcelona foi o seu refúgio, os bares seu ateliê. Em meio a muitas pessoas, Otto conseguia fazer belas obras e inspirar-se cada vez mais.

Seu maior orgulho pode ser considerado o novo estilo de retratos criados por ele. Fugindo dos modelos tradicionais, busca formas mais alegres e modernas. Para o artista, o verdadeiro sentido da arte é a inovação.

O Espaço Cultural UNIFOR, recebe exposições que agradam o público e incentivam o gosto por programas culturais. Além disso, estudantes da UNIFOR dos cursos de Comunicação, Belas-Artes, Turismo, Arquitetura e Psicologia têm a oportunidade de estagiar como monitores. Como pré-requisitos é preciso estar matriculado e ter média global 8,0. Os alunos interessados devem entregar currículo e histórico acadêmico na Extensão de Cultura e Arte.

Texto de Jordânia Caetano

Blog do Labjor recebe prêmio em Brasília

Na noite da última terça-feira, 17, foi realizada em Brasília a cerimônia de entrega do 3º Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário. Foram indicadas as melhores reportagens sobre a atuação do Ministério Público da União (MPU), produzidas por estudantes de jornalismo e veiculadas em jornais-laboratório de universidades públicas e privadas. Na região nordeste, os ganhadores foram os estudantes da Universidade de Fortaleza (Unifor): Francisco Raone Barbosa Saraiva e Ana Carolina Maia de Carvalho. Primeiro e segundo lugar respectivamente.

Foto: arquivo pessoal

Raone nos fala de sua experiência: “É a primeira vez que participo de um prêmio de jornalismo universitário, e o fato de ter ganho um de categoria nacional, só confirma que temos um curso de qualidade e com bons profissionais. Agradeço a todos os professores e, em especial, o apoio da Adriana Santiago, que foi minha orientadora na disciplina de Oficina e me incentivou bastante a participar do prêmio. Isso só engrandece o currículo.” afirma.

Ana Carolina Maia de Carvalho participou do Concurso Universitário da CNN, mas não conseguiu bom resultado. Essa foi a sua segunda tentativa: “Receber esse prêmio foi maravilhoso. Me formo esse semestre e sempre fui muito insegura com relação a matérias para impresso. Quando estava na disciplina de Oficina em Jornalismo, o professor Eduardo Nunes Freire me ajudou muito e com toda a paciência foi ensinando o estilo da escrita para a web. Esse prêmio é a coroação de um trabalho bem feito, em equipe. Fico muito feliz de estar me formando com esse incentivo. A nova geração de jornalistas pode lutar por um futuro diferente, de mais reconhecimento, melhores oportunidades. Espero que esse prêmio seja o primeiro de muitos.”

A solenidade o contou com a presença de membros do Ministério Público, da TV Bandeirantes Brasília e da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), entidades apoiadoras. A iniciativa também recebeu o apoio da Rede Record, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e do Governo Federal.

Texto de Iara Evaristo