[Esporte] Sky/Basquete Cearense joga na próxima quinta-feira

Foto: Thiago Gadelha
Foto: Thiago Gadelha

O SKY/Basquete Cearense volta a jogar no Ginásio Poliesportivo da Unifor no dia 12 de dezembro contra o Minas, e no dia 14 de dezembro contra o time do Espírito Santo, às 21h e 19h, respectivamente.

O Minas passeava invicto pelo NBB, até a derrota de 74 a 66 para o time de Limeira. Os nomes de destaque da equipe mineira que podem dar trabalho para o time cearense no dia 12, é o ala/pivô Doulgas Nunes, o ala Betinho, armador Elinho e o ala Wanderson, que no último jogo contra Limeira, ultrapassou a marca 1000 pontos na história do Novo Basquete Brasil (NBB).

Já o outro adversário do time cearense, o Espírito Santo, segue no campeonato com apenas uma derrota também para a equipe de Limeira. Nunca um time capixaba havia começado tão bem o NBB, vencendo duas vezes em dois jogos e perdendo apenas um. O Espírito Santo faz sua melhor campanha nesse início de temporada e conta com nomes de destaque na competição como o ala Eddy e o ala Muojeke.

Pelo jeito, o time cearense terá pela frente mais dois jogos emocionantes e bem equilibrados.

Para recordar a última rodada

Foto: Thiago Gadelha
Foto: Thiago Gadelha

Nos dias 28 e 30 de novembro, dois jogos do SKY/Basquete Cearense aconteceram no Ginsásio Poliesportivo da Unifor, na sexta edição do Novo Basquete Brasil (NBB). O jogo da 5ª rodada, contra o Palmeiras, foi de tirar o fôlego.

O time cearense venceu por 70 a 69, em uma partida equilibrada que exigiu muita personalidade da equipe. O cestinha da partida foi o armador da equipe cearense Davi Rosetto, ao lado de Wiggins, do Palmeiras. O diferencial de Davi, entretanto, foi ter anotado os dois lances livres finais, que deram a vitória ao time da casa.

Lance a lance jogo de quinta-feira

No primeiro tempo, o palmeiras esteve a frente do placar. Começou o jogo atento na defesa, abrindo um placar de 7 a 2. Já o time da casa começou a encaixar ofensivamente com a entrada do armador Davi Rosseto. No terceiro quarto, o time cearense quase sempre mantinha uma vantagem de cinco pontos, o que deixava visível a mudança ofensiva e de postura da equipe. Com uma cesta de 3 do pivô Tigão, o time paulista conseguiu empatar. Mas nos minutos finais, os donos da casa abriram mais uma diferença (59 a 53).

Na etapa final, o Palmeiras foi tirando devagar a pouca diferença de pontos e, com um pouco mais de três minutos restando no cronômetro, encostou no placar (69 a 68). O time cearense, então, mostrando muita personalidade com dois arremessos livres de Davi Rosetto, saiu com a vitória apertada de 70 e 69.

No sábado, Pinheiros foi o dono da festa

Foto: Thiago Gadelha
Foto: Thiago Gadelha

Já no jogo do dia 30, foi a vez do Basquete Cearense encarar o Pinheiros. Dessa vez, o resultado foi diferente. Em uma partida de alto nível técnico e muito equilíbrio, num placar de 97 a 94, quem levou a melhor foi o Pinheiros, fora de casa e na prorrogação, conquistando sua quinta vitória seguida no NBB.

O principal dono da festa do Pinheiros foi o ala/armador Leandrinho Barbosa, com 24 pontos. O camisa 28 também empatou o jogo no tempo regulamentar com uma cesta de três pontos, levando o jogo para a prorrogação.

Outros nomes responsáveis pela vitória do Pinheiros sobre o time cearense, foram o ala Shamell, autor de 20 pontos, o ala/pivô Mineiro e o ala/armador norte-americano Joe Smith, que marcaram 18 e 16 pintos, respectivamente. O destaque do time da casa, entretanto, foi o pivô estadunidense DeVon Hardin, com 20 pontos e 12 rebotes.

Texto: Tatiana Alencar

[Esporte] Lorayna Targino , atleta da Unifor, sagra-se campeã sul-americana

Foto: Pedro Vinícius
Foto: Pedro Vinícius

folego2Lorayna Targino é considerada a melhor atleta cearense da atualidade na prova dos 400m de atletismo. A jovem de 18 anos, que pratica a modalidade desde os 10, é atleta da Unifor e está na seleção brasileira desde 2010. Lorayna integra o grupo do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (CNTA) da Universidade de Fortaleza, onde trabalha com a treinadora Sonia Ficagna. Com apenas três anos de prática de atletismo, a esportista já ganhou mais de 40 medalhas.

No mês de outubro, Lorayna participou, junto com a seleção brasileira, do 40º Campeonato Sul Americanos Juvenis, no Estádio Poliesportivo Jaime Zapata, na cidade argentina de Resistência. A equipe brasileira de atletismo conquistou seis medalhas: quatro de ouro e duas de prata.

Lorayna Targino. Foto: Pedro Vinícius
Lorayna Targino. Foto: Pedro Vinícius

Sobre a conquista do campeonato sul-americano na Argentina, Lorayna declara: “É muito boa a sensação de ser a melhor equipe do Mercosul.” E acrescenta:“O Brasil sempre se destacou em competições sul-americanas e está começando a se destacar nas Olimpíadas e mundiais. Antes, não tinha nenhum brasileiro na final, agora sempre aparece um destaque nos 100m, 200m e 400m”. 

Lorayna já participou do mundial de atletismo junto a seleção brasileira e agora começa a preparação para as Olimpíadas de 2016: “Se eu treinar bem, fazer tudo certinho, com certeza vai dar para estar no Rio em 2016”. A atleta, que é uma promessa na modalidade, encara com simplicidade suas conquistas e vê no esporte uma chance para melhorar de vida.

NÚMEROS DE LORAYNA:

3 minutos, 46segundos e décimos foi a marca atingida na última prova
4 x 400 metros foi a prova de revezamento em que ela sagrou-se campeã
300 atletas competiram junto com ela
40 medalhas (e um pouco mais que isso) já foram conquistadas pela garota

Texto: Tatiana Alencar

[Retratos e Perfis] Do interior do Ceará para o mundo

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Qual o tamanho do desafio que você pode aceitar? Para muitos essa pergunta vem acompanhada de medo e incerteza sobre a responsabilidade da temida missão a ser encarada. Para o educador físico Gláucio de Oliveira Castro, falecido em novembro de 2006, sua vida foi ilustrada de inúmeros desafios e superação.

Nascido no interior do estado do Ceará, na cidade de Morada Nova, Gláucio, filho caçula de Francisco Castro e Tereza Castro descobriu desde cedo a paixão pelo esporte e, como quase toda criança, o talento pelo futebol.

Definido por amigos e familiares como um cearense que nunca perdeu as origens, Gláucio fazia questão de levar o nome do Estado por todos os lugares do mundo que ele estava. O filho ilustre de Morada Nova teve que deixar sua terra natal na adolescência para estudar em Fortaleza.

Graduado em Educação Física pela Universidade de Fortaleza (Unifor), Gláucio foi jogador de futsal e defendeu clubes Sumov, Banfort, Trilhoteiro (RS), tendo passagem também pela Liga Espanhola de Futsal. No seu vasto currículo de títulos, o de campeão brasileiro juvenil na I Taça Brasil promovida pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) foi um dos mais marcantes da sua carreira. Como adulto, ele foi campeão brasileiro adulto jogando pelo Sumov, Banfort e seleção cearense.

Responsável por alavancar o futsal cearense no cenário nacional, Gláucio disputou o campeonato mundial de Futsal em 1988, na Austrália. Bom de bola e sempre buscando o aperfeiçoamento intelectual fora das quadras, o cearense de Morada Nova logo após encerrar sua carreira como jogador decidiu ser treinador de futsal.

O talento de Gláucio para comandar foi a grande marca da sua carreira. Técnico de vários clubes no Brasil, a sua competência para conquistar títulos ficou marcada nos estados do Ceará e Rio Grande do Sul, onde conquistou os respectivos títulos estaduais. Liderou times de grande visibilidade, como o Carlos Barbosa, o Minas Tênis Clube, Sumov e UCS.

Assumiu as seleções de base do Brasil e foi auxiliar técnico da principal ao lado de Fernando Ferreti. Sagrou-se bicampeão Sul Americano Sub-20 (2002 e 2004) e campeão do Mundialito Adulto, em 2002, na Itália, vencendo a seleção brasileira adulta na final por 3×1.

Em seus últimos anos de vida, além de treinador Gláucio ministrava cursos e palestras de capacitação em todo o país e até mesmo no exterior. Escreveu um livro sobre as relações de um técnico com as pessoas que constituem seu ambiente do trabalho, intitulado “Perfil de um Treinador no Mundo Globalizado”. Livro este contendo depoimentos de estrelas do esporte como o jogador Falcão, o técnico Fernando Ferreti e o técnico de voleibol Bernardinho. Iniciou outro trabalho sobre táticas e técnicas do futsal, que foi interrompido pela fatalidade de seu falecimento e segue inacabado.

Alçando novos vôos e aceitando desafios

A pergunta feita acima sobre qual o tamanho do desafio que você poderia aceitar foi respondida facilmente pelo professor Gláucio. Após receber o convite do Governo da Tailândia para implantar o Futsal no país, ele não teve medo do desafio e “simplesmente” aceitou. Novo país, nova cultura, novo idioma. Para alguns, isso poderia tornarem-se fatores determinantes para desistir, mas o filho de Morada Nova provou que é possível fazer asiático ser bom de bola e bom no futsal.

No primeiro ano do projeto na Tailândia, Gláucio ajudou o time a se classificar para o mundial e levou a Seleção Nacional da Tailândia a ser Campeã Asiática de Futsal.

Dizem por aí…

“Nos deixou nesta semana, mudando-se, por gosto de Deus, para sua morada no oriente eterno, abrindo uma enorme lacuna nos corações dos salonistas brasileiros e mundiais, já que reverenciado mundialmente pela sua lisura, capacidade, amizade e respeito aos compromissos que assumia. Todos reverenciaram a pessoa de Gláucio de Castro. Com 46 anos de vida e relevantes serviços prestados ao país, Gláucio de Castro merece, pelo menos, um muito obrigado por parte da Confederação Brasileira de Futsal.” – Carlos Bittencourt – Ex funcionário da Confederação Brasileira de Futsal

“É muito difícil ainda saber que o Glaucio não está conosco. Porém, nunca me esqueço dele, pois tenho diversas camisas que ele me deu e que são as mais bonitas” – Lúcio Bonfim – Ex secretário de esportes

“Meu carinho a você é a verdade presente, dentre os amigos que tive, embora por pouco tempo, o Gláucio foi amigo, parceiro, confidente e sonhador, aprendi com ele que a vida vale a pena e que o social não é apenas pra ser visto pela TV. Valeu Gláucio!” – Marcondes Rodrigues – amigo e companheiro do futsal

“A coluna hoje é dedicada a sua memória. Ele teve três paixões na vida: a família, a cidade Morada Nova e o futebol de salão. Como craque chegou à Seleção Brasileira e como técnico também, dirigindo a Seleção Sub 20. Foi ele o fundador e o criador do Curso de Formação de Novos Técnicos, que se iniciou no dia 9/12 passado e é em sua homenagem. Obstinado, teve nome internacional quando jogou na Espanha e foi treinador da seleção nacional da Tailândia. Professor de Educação Física, lançou um livro e jogou futsal no Rio Grande do Sul.”- Coluna do Silvio Carlos – Jogada – Diário do Nordeste, 13 de dezembro de 2010. Amigo, companheiro do futsal e presidente da Federação Cearense de Futebol de Salão

“Leal, solidário e extremamente humano, era de uma simplicidade que impressionava. Viveu a vida rindo e não guardou ódio de ninguém. Parecia um menino, tal a grandeza de caráter e a personalidade da educação forjada e alicerçada no amor aos pais Teresinha e Chico. Casado com Liliane de Castro, que continua na luta e coordena o curso que se realiza no FB.” – Coluna do Silvio Carlos – Jogada – Diário do Nordeste, 13 de dezembro de 2010. Amigo, companheiro do futsal e presidente da Federação Cearense de Futebol de Salão

“Falar do Gláucio me faz sentir sua presença. Conheci-o nos jogos universitários em Minas Gerais em 1982 e começamos uma paquera que logo se tornou um relacionamento de 23 anos. Sempre senti seu amor por mim e por nossa família. Ele foi uma pessoa carinhosa, paciente (também com 5 mulheres na sua vida, rs). Companheiro, espirituoso, desligado, relaxado. Profissionalmente, era dedicado a sua carreira, estudioso, positivo, vitorioso, zangado, tempestivo. Acho que o Gláucio não pertencia a este mundo. Possuía um carisma que nem ele sabia. Descobri o quanto ele era amado e respeitado pelas conversas e encontros que tive com pessoas depois de sua morte.” – Liliane Benício – esposa.

Texto: Luana Benício e João Bandeira Neto

Roller Derby chega ao Brasil e conquista o público feminino

Cena do filme Garota Fantástica (Whip It), em que o esporte, Roller Derby, tem destaque. Foto: Divulgação

Não tão novo, porém não tão conhecido, o Roller Derby é um esporte que surgiu no anos 30 e ganhou a reputação de ser barulhento, rápido, violento, cruel e cheio de agressões verbais. Esse mês aconteceu o primeiro Brasileirão de Roller Derby, no Rio de Janeiro, que trouxe muita expectativa envolvendo as jogadoras, juízes, convidados e espectadores.

Há aproximadamente quatro anos, somente, o esporte chegou no Brasil, e apesar do pouco tempo, já existem 15 ligas organizadas no país onde é na base do improviso, que são organizados os seus treinos.A disputa ocorreu no Colégio Servita Nossa Senhora Rainha dos Corações, entre 13 ligas. A seleção que foi formada ano passado, teve sua primeira disputa na Copa do Mundo de Roller Derby, no Canadá. O próximo Brasileirão que ainda não tem data definida, será em São Paulo e organizado pela liga Gray City Rebels.

Parecido com o hockey, o Roller Derby foi criado em 1935, pelo promotor de esportes norte-americano, Leo A. Seltzer, na cidade de Chigaco, Estados Unidos.Depois da sua popularidade ter aumentado nas décadas seguintes, 40 e 50, o esporte entrou em declínio, e apenas em 2001 novas ligas de Roller Derby ressurgiram, desta vez, se diferindo por ser predominantemente praticado só pelo sexo feminino. Usando uniformes divertidos e apelidos com duplo sentido, garotas de todos os tipos físicos, podem participar.

Embora não seja nada fácil, o Roller Derby é um esporte divertido que junta a mulherada, onde requer desafios diversos para ser jogado, além de despertar também a força e a superação, capazes de mudar a vida de muita atleta.

Como funciona?

Utilizando o patins, cada equipe conta com cinco jogadoras, onde dá para diferenciá-las pelo capacete. Sendo uma delas a atacante (responsável somente por marcar os pontos do time e têm uma estrela desenhada no seu capacete), três zagueiras ( usam capacete liso) e uma pivô (usa um capacete listrado).

O jogo consiste em uma série de corridas, chamadas “jam”, que duram dois minutos cada, entre dois times. No começo da partida, as zagueiras e a pivô ficam em fileiras, em cada lado da pista. Enquanto patinam em grupo, as atacantes esperam que elas cheguem a seis metros da linha de início, para atacarem e desviarem das zagueiras até chegar ao outro lado.

Na primeira volta, as atacantes não marcam pontos, mas a garota estrelada que desviar da pivô vira a atacante líder e pode parar a corrida colocando as mãos no quadril. Os pontos começam a partir da segunda volta, e cada jogadora ultrapassada pela atacante conta um ponto.

Texto: Marina Freire

Um remo, uma prancha e um novo desafio no esporte

Foto: Tamyres Martins

 

O Stand Paddle Surf (SUP), uma espécie de surf em pé com remos, tem chamado a atenção no mundo todo. Mas não é um esporte novo, muito pelo contrário. Não há precisão de origem muito definida. Segundo o historiador de surf Eduardo Amaral, essas buscas são no mundo todo. O que se tem conhecimento é que tudo começou aproximadamente há quatro ou cinco séculos por habitantes das ilhas polinésias, que se divertiam nas ondas sobre tábuas polidas. Esse contexto de diversão ficou meio esquecido, pois apenas os líderes e os guerreiros podiam fazer esse tipo de surf primitivo de pé, os outros habitantes da tribo só podiam praticar deitados, então, isso acabou criando uma certa hierarquia. Esses achados antigos fazem parte da cultura polinésia e também dos povos antigos do Peru. “O contexto histórico mais interessante do Stand Up Paddle é esse, só que alguns desenhos de povos antigos das ilhas [polinésias] mostram, em épocas muito mais antigas, pessoas de pé sobre canoas remando, então, tem uma mistura de informações”, acrescenta o professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza (Unifor). Depois, ainda se tem conhecimento da prática sendo utilizada como forma de deslocamento entre as ilhas, oferecendo uma boa visão para a pesca.

O professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza (Unifor), é um aficionado do esporte

O primeiro marco histórico recente importante do esporte ocorreu, ao mesmo tempo na Califórnia e no Havaí. O professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza (Unifor), explica que grupos nativos, conhecidos como beach boys (garotos de praia), que moravam e surfavam nestas praias, passaram a aproveitar a possibilidade de ficar em pé nas tábuas para fazer fotos dos turistas, pois ficavam melhor posicionados. Para se deslocar, eles idealizaram os remos grandes. O professor Walter é um dos que reconhece o SUP moderno reinventado pelos beach boys. Há uns dez anos um grande surfista californiano, adotado ainda pequeno por pais havaianos, veio a se tornar um dos mais conhecidos ‘waterman’ (termo designado para alguém que pratica todos os esportes de praia) e divulgou o esporte.“Laird Hamilton é um surfista diferenciado pela sua inovação, dedicação, criação de equipamentos aquáticos, um waterman completo” afirma Cortez. Baseado na experiência dentro mar, criou uma série de equipamentos novos para o surf. Laird mergulha, nada, rema de prancha deitado, rema de stand up, rema de canoa havaiana, veleja de wind, veleja de kite, e criou uma prancha bem futurista junto com amigos, a foil board, que é equipada com hidrofólio, uma quilha cujo formato lembra o de uma asa de avião.

Laird e seus amigos foram responsáveis pelo redescobrimento do SUP no Hawai, eles trouxeram de volta a ideia e foram os responsáveis pelo boom que ocorreu no mundo todo. “Hoje em dia, quase todos os continentes praticam stand up. É fácil para todo mundo tentar, então, isso difundiu a pratica”, conta Walter. Explica ainda que é um esporte que exige habilidade motora de equilíbrio como prioridade, “as pessoas que são mais calmas, e escutam o que o instrutor tá falando, costumam ter mais facilidade para aprender”. Os mais ansiosos têm mais dificuldade em aprender, mas, se bem trabalhado, aprendem como qualquer pessoa. A diferença entre esses dois tipos de pessoas é a velocidade com que ele vai aprimorar a prática.

As pranchas variam de 14’ a 8’11. Os remos são feitos de fibra de carbono ou madeira e são encomendados de acordo com a altura da pessoa. Existe capa para os remos e para as pás. Racks são presilhas feitas para amarrar as pranchas no carro.

A prancha de SUP é bem mais fácil de ficar em pé do que uma prancha de surf normal, pois ela tem uma área e um volume grande, tornando-a muito estável. Walter dá algumas dicas: É bom começar a remar devagar e, aos poucos, vai desenvolvendo outras habilidades. Existem algumas limitações que podem atrapalhar um pouco no começo, como não saber nadar ou ter medo de água, mas nada que impeça o aprendizado. Você fica preso a uma cordinha e, se cair, a prancha não se afasta, então, rapidamente é fácil subir de novo.

O estudante de Engenharia Mecânica da Unifor, Ricardo França, falou sobre a sua primeira experiência no SUP: “É muito fácil e divertido, todos deveriam experimentar pelo menos uma vez na vida, a maior parte da terra é formada de água, então são muitos locais para se explorar o contato com a natureza”.

Walter alerta para a preocupação quanto ao local onde você vai remar. “É bom que não tenha vento, nem correnteza, nessas condições é perigoso ir para longe, pois pode haver dificuldade em voltar, ou locais que tenham fundo de pedra, onde se houver uma queda pode machucar”. Água corrente de rio é difícil, porque vai te levando embora, os melhores locais são águas paradas, como lagoa e açude, mar sem ondas, e enseadas.

Benefícios para saúde:  Como educador físico, Walter já fez dois estudos: um em cima do ponto de vista cardiovascular, onde foi observada uma remada de passeio que dura em torno de uma hora e que tem uma atividade cardiovascular de gasto semelhante a um trote, sendo uma boa atividade física do ponto de vista cardiovascular. O outro estudo foi musculoesquelético das musculaturas envolvidas, onde se verificou que, pela movimentação do esporte que envolve trabalho muscular de moderado a alta intensidade, acaba mexendo com todos os músculos gerais do corpo, o que da um aspecto muscular global. Além disso, é um esporte que mexe com as habilidades de equilíbrio, uma atividade física bem completa, que melhora a habilidade motora. Quem rema muito tempo pode ter outros benefícios na vida, diminuem as quedas, entorse de tornozelo, aumenta a coordenação motora.

Equipamentos: Existem pranchas para várias modalidades de SUP: corrida, maratonas, passeio, desempenho, boa para qualquer condição. As pranchas variam de 14’ a 8’11. Os remos são feitos de fibra de carbono ou madeira e são encomendados de acordo com a altura da pessoa. Existe capa para os remos e para as pás. Racks são presilhas feitas para amarrar as pranchas no carro.

Dicas segundo o site SUPSURF: Escolher uma prancha de acordo com seu tamanho e peso para facilitar o aprendizado. Ter cuidado com a postura. Não remar cansado, nem em dias de vento

Serviços: Hoje já existe uma escola organizada de SUP em fortaleza, formada especificamente para dar aula de SUP e idealizada pelos sócios Walter Cortez e Flavio Ramalho, a supfitness (www.supfitness.com.br), que conta com equipamentos importados próprios para dar aula, possibilitando aproveitar o esporte como atividade física. Existe também o clube de maratonas aquático que dá aula de stand up, e o clube de wakeboard que também oferece aula de SUP. Aqui em fortaleza não tem loja específica que venda pranchas e equipamentos de SUP, o que tem é representação de equipamentos, você escolhe o equipamento e encomenda. 3 a 4 mil reais é o preço médio do equipamento completo em qualquer lugar do Brasil, e inclui prancha, deck, capa da prancha, capa do remo, e remo.

Texto: Caio Pinheiro