Feirantes da Beira Mar enfrentam violência e descaso

Foto: Ravelle Gadelha
Foto: Ravelle Gadelha

Após a chamada “Primavera Brasileira”, os protestos pelo bem-estar social fortalezense, composto pela luta por direitos básicos como saúde, educação e segurança, se adequam ao contexto da violência que intimida turistas e trabalhadores, além de promover um inconsciente coletivo do medo.

José Gilvan Lima, 46, trabalha no meio artístico há quatro anos, fazendo artesanato em casas de praia no interior do Estado. Para se sustentar, ele produz objetos decorativos de vários estilos utilizando matérias-primas naturais, como o cipó e o galho de pau, por exemplo. Suas motivações de trabalho é, principalmente, a renda estável, porém, ultimamente ela não é suficiente, já que o descaso com a questão da segurança afasta os compradores de seus produtos. “O trabalho piorou muito ultimamente, a gente não consegue mais reconhecimento em nenhuma parte”.

José Gilvan. Foto: Revelle Gadelha
José Gilvan. Foto: Revelle Gadelha

A empresa para a qual trabalha, a RG Artesanato, também foi mencionada como colaboradora em seu complemento financeiro, embora também sofra com a falta de divulgação e de reconhecimento, até mesmo nas vendas internacionais. Além disso, o que dificulta esse meio de vida é a falta de policiamento efetivo na área.

Apesar de ter orgulho de seu trabalho, Gilvan Lima deseja um espaço mais adequado de trabalho seguro e equilibrado. Com as ondas de assaltos recentes e de qualquer tipo de intimidação, aqueles que dependem dessa fonte de renda tentam arranjar outros meios de exibir de vender suas mercadorias, como um segundo emprego de prestação de serviços, por não conseguirem um retorno lucrativo satisfatório.

Texto: Ravelle Gadelha