
Presente em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Curitiba, Salvador e São Paulo, a Caixa Cultural acrescentou Fortaleza como uma de suas sedes, em Junho de 2012. Os espaços são bem diferentes entre as cidades, mas todos têm em comum a proposta de fomento à arte e cultura, por meio de exposições, shows musicais, teatrais, etc . Também há Editais, programas e oficinas de inclusão social.
Apesar de ficar no antigo prédio da Alfândega, construído no final do século XIX e tombado pelo Patrimônio Histórico, a sede de Fortaleza tem até cheiro de coisa nova. Ao entrar, o visitante caminha por uma alameda verdejante com uma fonte no fundo. Dentro do prédio, há foyer, teatro, café, livraria e salas para exposições.
Shows
A programação dos espaços está em constante mudanças. A Caixa Cultural daqui teve, no início de março, show da cantora Zizi Possi, e terá este fim de semana, dias 15, 16 e 17, três apresentações de Geraldo Azevedo, no show O Canto e a Poesia. Os ingressos, no entanto já estão esgotados na bilheteria.

O rápido esgotamento de lugares tem aborrecido parte do público, que fez críticas abertas à instituição, via Facebook. O site da sede Fortaleza ainda não dispõe programação, e também não há informações sobre isso em publicações impressas.
Segundo uma funcionária do local, alguns artistas ainda não haviam confirmado datas, por isso a falta de informações, tanto no site, quanto em folhetos ou folders. Nos dias 22, 23 e 24 de março haverá uma peça teatral chamada “Como Nascem as Estrelas”, uma adaptação teatral do livro homônimo de Clarice Lispector, relacionada a obra literária A Hora da Estrela.
Salas Expositoras

Kuarup – a última viagem de Orlando Villas Bôas é o título da corrente exposição no espaço da Caixa. Com três ambientes interativos, vídeos, fotografias e objetos, a mostra une a história de vida dos irmãos Villas Bôas – missionários em defesa da cultura indígena – e fotografias que documentam uma cerimônia dos índios, o Kuarup, em homenagem a seus mortos.
O Kuarup registrado pelas lentes do fotógrafo Renato Soares, em 34 fotografias, tem uma particularidade: é a última homenagem dos indígenas feita para Orlando Villas Bôas, por isso o título. Provavelmente o único Kuarup em honra a um “homem branco”.
A exposição remonta a vida dos irmãos desbravadores, a relação com a comunidade indígena, assim como a criação do Parque do Xingu e seu legado. Apresenta Orlando Vilas Boas como uma espécie de intelectual aventureiro – um Indiana Jones do Brasil, mas com uma causa verdadeira, premente, nobre, e atualíssima.

Serviço
Texto: Manoela Cavalcanti