
O programa Custe o que Custar (CQC) tem gerado polêmica com suas piadas durante o período eleitoral. Nesta época, os principais entrevistados são os candidatos, que são perguntados sobre questões de conhecimentos gerais. Os repórteres também fazem perguntas pessoais e satirizam os políticos. A forma de ‘passar informação’ divide opiniões. Esse tipo de programa seria entretenimento, jornalismo, humor, ou um híbrido destes gêneros?
Bruna Salmito, estudante de Jornalismo, afirma que considera o programa jornalístico. Para ela, “é uma forma diferente de informar que se diferencia do tradicional”, defende. Já Raquel Lima, estudante de Publicidade e Propaganda, diz que “o CQC cumpre o papel que se propõe, que é o de passar informações.”
Há uma outra corrente que vê essa forma de se comunicar como um ‘misto’ de gêneros. O professor de Jornalismo, Eduardo Freire, salienta que “esse híbrido entre jornalismo e entretenimento” é uma forma de “atrair telespectadores”. “Eu acho que o CQC não tem essa vontade de se arvorar jornalístico, embora eles se utilizem de certas estruturas do gênero”, argumenta.
Alejandro Sepúlveda, professor de Jornalismo, acredita que o CQC “usa o jornalismo para passar informação como espetáculo ou mais que isso, como uma forma de fazer humor”. Adriana Santiago, jornalista, concorda e ainda acrescenta que “é entretenimento, muito bem feito, com um discurso jornalístico apropriado. Como a publicidade também faz, como a igreja católica às vezes usa.”.
O CQC, sob o comando de Marcelo Tas, vai ao ar todas as segundas às 22:15h na TV Bandeirantes.
Texto de Allan Diniz