“Acho o rádio local conservador”

Guga de Castro. Foto: Juliana Teófilo
Guga de Castro. Foto: Juliana Teófilo

Os alunos da cadeira de Radiojornalismo 2, ministrada pela professora Ana Paula Silva, receberam, na manhã de hoje, o jornalista e DJ, Guga de Castro. O atual programador musical da Rádio Beach Park FM bateu um papo descontraído com os alunos sobre sua carreira e experiências no rádio cearense.

Envolvido com o rádio desde 2008, época em que graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Guga nunca abandonou de fato a carreira radiofônica. Iniciou carreira na Rádio Cidade, onde era produtor e co-locutor; Em 2002 foi chamado para juntar-se ao grupo O Povo, na Rádio Max, futura Mix. Ali iniciou o programa “Maxphone”, com a ideia de bater um papo com os ouvintes. “O Maxphone era um programa meio anárquico, nós não tínhamos um roteiro, basicamente conversávamos com os ouvintes sobre assuntos do dia, da semana ou assuntos polêmicos”, declara. Guga retornou ao rádio em 2010, quando foi convidado para juntar-se a Beach Park FM, na posição de produtor musical e colunista.

O debate com os alunos da disciplina foi animado e Guga apontou como é ser parte do ramo alternativo da rádio cearense. Segundo Guga, a Beach Park FM revelou-se uma rádio quase conceitual, com seus conteúdos frios, equipe enxuta e ausência de locutor fixo. Voltada paras as classes A e B, a rádio não busca tocar os rits do momento, mas sim músicas que ajudam a compor a cara da rádio e de seus ouvintes. “A ideia da rádio é aproximar o cearense do Beach Park. Porque o Park tem essa imagem elitista, distante. A ideia é aproximar a marca do cearense”, concretiza Guga.

Turma de Radiojornalismo II. Foto: Juliana Teófilo
Turma de Radiojornalismo II. Foto: Juliana Teófilo

Essa estética mais pausada, utilizada largamente pela Beach Park FM, foi implementada alguns anos antes pela Oi FM. A amplitude desta nova forma de fazer rádio foi tão grande que muitas das rádios mais antigas também adaptaram suas programações para uma estética mais calma, vinhetas mais atuais e programação musical alternativa. “Com a Oi FM, muitas rádios antigas notaram que não só queriam, mas precisavam de modificações em suas programações”, afirma Guga.

Quando indagado sobre suas impressões do rádio cearense, Guga não titubeou. “Acho o rádio local conservador”. O jornalista acredita que o segredo para não cair na mesmice é nunca se dar por satisfeito, “Descubro música nova porque vou atrás, pesquiso na internet! As pessoas que me perguntam onde descobri aquele som novo, são as mesmas pessoas que simplesmente não pararam para procurar, como eu fiz”, conclui.

Texto: Juliana Teófilo

Monitores comandam novos grupos de estudo

Grupo de Estudos em Tv Pública. Foto: Marina Duarte
Grupo de Estudos em Tv Pública. Foto: Marina Duarte

Um projeto que aproveita o perfil do monitor-aluno, estimulando a sua vocação natural, está sendo lançado, este mês, no Centro de Ciências da Comunicação e Gestão (CCG). É o GED, que significa Grupo de Estudo Dirigido. Na verdade, são 13 grupos de estudos de disciplinas variadas, que tomou inspiração no programa semelhante que existe no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). A Universidade de Fortaleza (Unifor) visa, com esta ação, a oferecer aos demais alunos mais oportunidades de assimilarem o que foi visto em sala de aula.

O objetivo dessa nova metodologia de aprendizagem é proporcionar mais possibilidades de interação entre o aluno e o professor, com mais diálogo em sala. O estudante pode usar seu tempo livre para fazer um horário extra classe. Ele vai continuar o seu aprendizado com um instrutor preparado para exercer a função de socializar o assunto visto em sala de aula com a turma, portanto, atuará como um complemento visto em sala de aula.

Para o monitor, por sua vez, é a oportunidade de exercer, na prática, o que ele vê em sala de aula com o professor da disciplina. “O objetivo do estudo dirigido é trazer segurança e liberdade para o monitor no sentido de lidar com a prática para, com isso, enfrentar o mercado de trabalho”, explica o professor responsável pelo GED, Elisberg Bessa.

Elisberg Bessa. Foto: Arquivo pessoal
Elisberg Bessa. Foto: Arquivo pessoal

O monitor da disciplina atua como um facilitador do conhecimento, recebendo as condenadas do professor responsável por orientá-lo em suas atividades, entretanto, ele é autorizado pelo seu orientador a fazer revisões do conteúdo visto em classe. Para o professor Bessa, o monitor neste projeto é visto como protagonista, onde se deposita nele a responsabilidade maior, porém o grupo não é considerado aula.

Esse novo trabalho acadêmico busca uma visão do praticante sobre o que foi ministrado em sala, tendo em vista mostrar uma outra metodologia e uma outra prática. Assim, o GED tem como proposta articular a opinião dos envolvidos e fazer com que eles possam expor seus conceitos e levar isso para dentro de sala de aula “Queremos obter com esse mais novo projeto o desenvolvimento de todos os envolvidos mas, para que isso aconteça, precisaremos do empenho de todos os interessados”, afirma Elisberg Bessa.

“O professor orientador tem como função dar subsídios ao monitor, e repassar atividades que possam haver uma dinâmica para os estudantes, portanto a turma não será algo de responsabilidade do professor”, assegura Bessa.

Grupos de Estudos Dirigido

– Jogos de Empresa
– Sistema de Gestão I
– Radiojornalismo
– Introdução à Contabilidade
– Custos e Formação
– Organização, Sistemas e Métodos
– Contabilidade de custos
– Introdução à Computação Gráfica
– Teoria do Audiovisual I
– Animação e Infografia
– Telejornalismo I
– Língua Portuguesa II
– Legislação Tributária

Texto: Gabriela Pereira

Prêmio CBN de Jornalismo inscreve até fim de junho

Foto: Divulgação

A quarta edição do concurso Central Brasileira de Notícias (CBN) está com inscrições abertas até o dia 29/06 no site www.cbn.com.br. O evento, que busca estimular e divulgar a produção radiofônica pelos estudantes irá avaliar reportagens inéditas de até quatro minutos com a temática “importância das redes sociais ou o desafio da sustentabilidade para o futuro da humanidade”. Para participar, basta estar matriculado em curso de Jornalismo reconhecido pelo Ministério da Educação (Mec).

Os  candidatos poderão produzir as reportagens individualmente ou equipe de até três integrantes. A avaliação dos produtos inscritos será realizada por uma comissão organizadora que levará em conta as especificidades como: arquivos gravados e editados no formato Mp3 com taxa de amostragem de 128kbps.  Além disso,  também serão analisados os quesitos tema, texto e edição. Os três melhores produtos serão veiculados na emissora com direito à certificado de participação. A premiação do vencedor ou equipe conta com troféu, um Ipad e visita supervisionada na CBN em São Paulocom despesas de hospedagem e passagem gratuitas.
A radialista e professora do curso de Jornalismo da Unifor, Kátia Patrocínio, explica que o aluno que for participar do concurso deve focar na temática e apostar na criatividade para desenvolver o produto, levando em conta os efeitos sonoros, atentando para o uso do background ou bg (trecho musical que separa ou identifica parte de um programa) e explorar as sonoras(entrevistas). Ela ainda destaca que os alunos podem procurar um orientador para a produção do produto.
Otelino Filho, estudante do terceiro semestre de Jornalismo na Unifor, conta que a disciplina de rádio foi um grande incentivo para participar. Ele desenvolverá uma reportagem com o tema: sustentabilidade para o futuro da humanidade, com foco na constante troca de aparelhos eletrônicos (celulares,computadores) por modelos cada vez mais novos no mercado, o lixo eletrônico.
Texto: Gisela Farias
Orientação: Profa. Adriana Santiago