
Para os alunos interessados em montar seu próprio negócio, a professora Ana Larissa Alencar explicou, nesta terça-feira, 22, quais os documentos básicos que é preciso ter. Ela utilizou como base uma sociedade limitada, descrita pelo Serviço de Apoio à Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) como uma “reunião de dois empresários ou mais, para a exploração, em conjunto, de atividade(s) econômica(s)”.
A professora mostrou que existe um período de sazonalidade de abertura de empresas, quando muitas pessoas decidem que é o momento ideal para começar. O natal é um bom exemplo disso, mas cerca de 70% destes novos empreendimentos vão à falência em fevereiro. “Um dos maiores problemas do empreendedor é a falta do conhecimento na área de contabilidade e administração”, contou Larissa, que ressalta o quanto é importante que o profissional tenha um bom acompanhamento de um contador.

Ela definiu as microempresas como integradas por poucos funcionários e rendimentos estabelecidos por estatutos. Porém, as grandes dificuldades para este tipo de negócio é a carga tributária excessiva, as restrições de crédito pelos bancos, a falta de mão-de-obra, a baixa qualificação profissional e a falta de planejamento. Uma boa dica para evitar essa falta de preparação é fazer algum curso profissionalizante voltado para este meio no Sebrae.
O primeiro conselho da profissional é que “se você for montar um negócio, saia do trivial, ofereça um produto diferenciado”. As principais características para obter sucesso é ter um caráter inovador e criativo, prever oportunidades ou ameças organizacionais e saber manipular os recursos existentes. O empreendedor que pretende se destacar no mercado deve ter competência na gestão empresarial, um bom nível de escolaridade, experiência no ramo e ser profissional na relação com os sócios.
Os alunos tiveram a oportunidade de acompanhar como seria o processo para abrir uma empresa de sociedade limitada, passando por todos os órgãos e formulários, desde a Junta Comercial, Receita Federal e Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ce) até a Secretaria de Finanças (Sefin-Fortaleza). “Abrir uma empresa é muito fácil, demora uns dois dias. Difícil mesmo é fechar, aí é que tem muita burocracia”, brincou a professora.
A estudante de Jornalismo, Letícia Késsia, apesar de não entender muito do assunto por não fazer um curso voltado para isso, achou a palestra interessante. “Ela falou de forma bem específica dos trâmites necessários na hora de se abrir uma empresa, documentação, o que pode e o que não pode. Tudo de forma bem objetiva. Foi de grande valia para futuros empreendedores”.
Texto: Thaís Praciano