Especial Trânsito: autoescola investe em condutores mais conscientes

Foto: Divulgação

Conviver bem no trânsito requer educação, gentileza e muita paciência. Nos Cursos de Formação para Condutores (CFC), além das aulas de legislação e direção, há uma preocupação em formar motoristas cidadãos. Pensando nisso, uma nova linha de ensino nos cursos vem sendo aplicada, para que os novos condutores cheguem as ruas e exerçam boas maneiras de convivência. Entre as frases mais comuns utilizadas nos cursos de formação podemos destacar três: ‘Seja gentil no trânsito’; ‘dê passagem’; ‘pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença no trânsito’.

Como o trânsito tem uma relação com o comportamento humano, existe nos Cursos de Formação para Condutores uma referência a convivência entre as pessoas. Segundo o professor Júlio Cesar, há 8 anos ensinando legislação, durante as aulas é lembrado aos novos condutores a importância da gentileza e o respeito ao próximo, que são virtudes que devem ser colocadas como exigência no trânsito. Partindo desse pressuposto, ele dá algumas dicas como: “Dar uma buzinada para avisar que a porta do carro está aberta ou que o cinto de segurança está para fora do carro”. Não ser gentil, além de não ser uma boa conduta, gera multa prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

Segundo o artigo 74 do Código de Trânsito Brasileiro “A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.”

Júlio Cesar enquanto agente de ensino da legislação, não sabe como isso está sendo aplicado nas ruas, já que ainda vemos o desrespeito e o trânsito cada vez mais caótico, mas ele acredita que a partir da educação e boas regras de convivência o trânsito pode se tornar melhor.

Veja abaixo um vídeo sobre trânsito, cidadania e ética.

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Texto: Aryanne Lima

*Esta reportagem foi produzida pelos alunos da disciplina Oficina em Jornalismo/Ciberjornalismo do semestre 2010.2.

Especial trânsito: jogar lixo para fora do carro é crime e dá multa

 

Apesar da multa e das campanhas de conscientização, ainda há muitos que jogam lixo fora do carro.

Jogar lixo pela janela do carro é crime e, por mais que a fiscalização peque na falta de rigidez, o infrator deve ser punido pela lei 5231, “Atirar do veículo ou abandonar na via pública objetos ou substâncias”. A multa para quem dá o mau exemplo é de R$ 85,13 e o infrator soma quatro pontos na sua carteira de habilitação – com 20, o condutor perde o direito de dirigir. Sem falar no risco para os outros motoristas e a poluição do meio ambiente.

O grande problema é a falta de fiscalização e, por isso, vários condutores e passageiros insistem em não jogar o lixo no lugar certo: o lixeiro.

Para o diretor da Ecofor, Hugo Nery, falta fiscalização séria e punição para quem não cumprir com a lei. “Não é possível que exista alguém, em pleno século XXI, que não sabe que jogar lixo na rua não é certo. Isso só está acontecendo porque não existe fiscalização intensa e não há punição para quem não cumpre com a legislação”, afirmou.

No final do ano passado, Fortaleza ficou em segundo lugar como a cidade mais mal educada referente ao lixo do país, ficando atrás apenas de Salvador. Em média, cada brasileiro produz 1 quilo de lixo por dia.

O estudante Gabriel Lopes diz que aprendeu em casa, desde criança, a não jogar lixo na rua. “É uma questão de educação. As pessoas têm que se conscientizar que isso não é bom para ninguém: nem para a população, que vai conviver com o lixo, e nem com o meio ambiente, que vai passar um bom tempo para fazer a decomposição”, disse. E ele tem razão. O papel, por exemplo, demora de três a seis meses para se desfazer da natureza. Já a latinha de refrigerante passa até 10 anos para desaparecer totalmente da terra.

Uma boa opção para não correr o risco de ser multado são as sacolinhas de lixo. Elas são entregues em lava-jatos, supermercados e ajuda para que os passageiros não caiam em tentação de jogar o lixo pela janela.

Até o fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu falar com Paulo Ernesto, assessor de imprensa do Detran.

Texto de Mariana Pontes

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*Esta reportagem foi produzida pelos alunos da disciplina Oficina em Jornalismo/Ciberjornalismo do semestre 2010.2.

Especial trânsito: serviço de orientação de tráfego é privatizado por escolas particulares

 
Funcionários contratados pela escola tentam orientar o trânsito.

 Algumas escolas de Fortaleza contratam pessoas apenas para trabalhar como controladores de tráfego. O objetivo do serviço é diminuir os engarrafamentos próximo aos colégios. Os funcionários ficam nesses locais, guiando e parando os veículos, além de fiscalizar eventuais irregularidades no trânsito. O trabalho acontece em sua maior parte pela manhã, período em que há um maior fluxo de carros. Um trabalho de responsabilidade pública torna-se privado para que a situação do trânsito não se torne ainda mais caótica.

O Colégio Santa Cecília, por exemplo, conta com funcionários que fazem esse tipo de trabalho desde 2005. A ideia surgiu depois que a escola começou a realizar o projeto Travessia Cidadã, em parceria com a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC). O projeto oferece um curso de capacitação de 20 h/a, com o objetivo de capacitar os controladores de tráfego do colégio.

De acordo com a direção do Santa Cecília, a necessidade surgiu em função do grande fluxo de carros nos horários de entrada e saída do alunos, além de estabelecer regras que fortalecem a eduação no trânsito e o compromisso com a cidadania.

Apesar de ver resultados positivos depois que passou a ter seus próprios controladores de tráfego, o colégio não descarta a necessidade da intervenção dos agente de trânsito da AMC e ressalta que os funcionários do colégio realizam apenas uma ação complementar.

Durante esses cinco anos, a instituição afirma ter investido na criação de novos portões para diminuir os engarrafamentos próximo ao local. O trabalho realizado por esses funcionários, segundo a direção do colégio, tornou a travessia dos alunos mais segura.

Trabalho Educativo


Blitz educativa da AMC na porta das escolas

Em fevereiro e março de 2009, tendo em vista o início do ano letivo, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza realizou a operação Volta às Aulas, direcionada para a fiscalização dos carros próximo a algumas escolas da cidade.O trabalho foi realizado em cinco dias e contou com ações educativas como distribuição de materias gráficos e abordagens aos motoristas. O material educativo distribuído pelos agentes da AMC buscou a conscientização dos condutores sobre a utilização cidadã do espaço público no entorno dessas escolas. Assuntos como a importância do cinto de segurança, embarque e desembarque de passageiros, filas duplas e faixa de pedestres foram abordados na operação.

Texto: Rennan Silva Andrade

*Esta reportagem foi produzida pelos alunos da disciplina Oficina em Jornalismo/Ciberjornalismo do semestre 2010.2.