[Claquete] Sangue e vingança no mais recente filme de Tarantino

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Ambientada no sul dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra Civil, a trama traz a saga de Django (Jamie Foxx), um escravo que é libertado, de forma nada ortodoxa, pelo inusitado Dr. King Schultz (Cristoph Waltz). A dupla percorre os EUA caçando e matando bandidos procurados pela justiça. Com o fim do inverno, Schultz decide ajudar Django a encontrar sua esposa, a escrava conhecida por falar alemão, Broomhilda von Shaft (Kerry Washington). Entretanto, Broomhilda encontra-se na enorme fazenda Candyland, propriedade do terrível Calvin J. Candie (Leonardo DiCaprio). Schultz e Django envolvem-se, então, em uma trama que visa retirar Broomhilda das mãos e das terras de Calvin.

Assim como todos os filmes do diretor e roteirista, Django Livre traz como pano de fundo a vingança. Desta vez, Tarantino apresenta sua visão sangrenta e devastadora da escravidão nos EUA. O diretor cria um cenário perfeito para a vingança dos oprimidos, bem como faz com as mulheres nos dois volumes de “Kill Bill” e os judeus em “Bastardos Inglórios”. Tal como é esperado de um filme do cineastra, a ironia e o humor negro transbordam da tela, assim como o sangue.
Desta vez a narrativa é um pouco mais linear, se comparada com outros filmes do diretor, como Pulp Fiction, um relato quebrado e cheio de personagens, sem um herói definido, uma trama central ou um desfecho. Em “Django Livre”, Tarantino faz uma homenagem aos faroestes dos anos 1960 e 1970. Essa postura, que não foi bem vista por alguns. Um exemplo é o diretor negro norte-americano Spike Lee, que afirmou que não verá o filme, por não considerar que o filme trata um genocídio como “velho oeste” e considerar que a trama desrespeita seus ancestrais.

Com menos de um mês de exibição nos cinemas dos EUA, “Django Livre” é o filme com maior bilheteria da carreira do diretor no país, arrecadando mais do que Bastardos, com seus incríveis US$ 320 milhões de dólares.

Texto: Juliana Teófilo

[Claquete] Quando sentimentos são iguais

Foto: Divulgação

O filme  Busca Implacável 2  começa levantando um questionamento inesperado. Bryan Mills, personagem interpretado por Liam Neeson, no primeiro longa, salvou sua filha Kim (Maggie Grace) dos traficantes sexuais da Tropoja. Para isso, assassinou muitos integrantes dessa máfia. Nessa sequência do filme os pais e irmãos dos mortos estão a procura de vingança. Interessante ver que, mesmo sendo criminosos, o pesar e a dor é a mesma, tanto que para eles não faz diferença, querem causar essa mesma dor em Bryan e, neste filme, todos serão sequestrados.

A famosa frase trailer do primeiro filme, “Vou te perseguir, vou te encontrar e te matar”, dessa vez é proferida Murad Krasniqi (Rade Serbedzita), líder da operação de vingança e ele promete as viúvas feitas por Bryan “Vou procurá-lo, vou trazê-lo para vocês, e derramarei o seu sangue em nossa terra”.

O longa segue no mesmo estilo do primeiro, contendo muitas cenas de perseguições a pé e de carro, lutas incansáveis, e uma boa dose de suspense. Boa parte da trama se desenrola em Istambul, maior cidade da Turquia, conhecida pelas grandes e belas Mesquitas. O roteiro acabou pecando por ser um pouco previsível, mas, satisfaz bastante no seu propósito de entretenimento. O uso de flashbacks (retorno ao passado) é muito bem usado, essa técnica prende a atenção dos cinéfilos em gêneros de ação. As paisagens também merecem destaque, contribuem de forma sútil para transportar o espectador para dentro da telona.Para quem gosta de uma boa ação, é um filme imperdível.

Texto: Bárbara Guerra e Caio Pinheiro